VVVVVV>&&&&&%gt;gt;>>>>>>>>>>>>>>>>>"Ver e ouvir são sentidos nobres; aristocracia é nunca tocar."

&&&&&&>>>>>>>>>"A memória guardará o que valer a pena: ela nos conhece bem e não perde o que merece ser salvo."


%%%%%%%%%%%%%%"Escrevo tudo o que o meu inconsciente exala
e clama; penso depois para justificar o que foi escrito"


&&&&&&&&&&&&&&;>>gt;>>>>>>>
"
A fotografia não é o que você vê, é o que você carrega dentro si."


&
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"Resolvi não exigir dos outros senão o mínimo: é uma forma de paz..."

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&"Aqui ergo um faustoso monumento ao meu tédio"


&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&"A inveja morde, mas não come."


domingo, 27 de junho de 2010

Luz sobre as Gomesas











A poesia de Clarisse Lispector enquadra-se
 muito bem na confusão de espécies
 de Gomesa.








"Aquilo que eu não sei, 
é a minha melhor parte!"



É um gênero tipicamente brasileiro, excepcionalmente frequente nas matas de fachada atlântica do sul da Bahia até o norte do Rio Grande do Sul, algumas espécies adentram também pelo interior através das serras e matas de galeria. Apenas uma espécie espalhou-se mais para fora do Brasil e atingiu o Paraguay e a Argentina, nas províncias fronteiriças com o Brasil. São normalmente as primeiras espécies de orquídeas a se estabelecerem nas matas ralas ou em regeneração, assim que a sombra e a umidade aumentem dentro deste ambiente as Gomesas já poderão ser encontradas. Normalmente se reproduzem abundantemente e formam grandes populações, são plantas de facílimo cultivo e as melhores para estimular jovens orquidófilos iniciantes.



Mal comecei a escrever este comentário sobre as clássicas e confusas Gomesas e já descobri um longo estudo de DNA sobre o grupo, Floral convergence in Oncidiinae (Cymbidieae; Orchidaceae): an expanded concept of Gomesa and a new genus Nohawilliamsia - ( click e veja um resumo dessa proposta botânica de 2009 ) Mark Chase et al . Este novo estudo bioquímico liquidou tecnicamente com o tradicional gênero Oncidium brasileiro, mais um taxon famoso foi desmembrado e depois mandado por inteiro para o céu das orquídeas. Os Oncidiuns brasileiros agora viraram Gomesas, os seculares estudos anteriores de clássicos botânicos morfologistas, viraram aminoácidas conclusões de exames de DNA. As flores são parecidas por mera coincidência evolutiva, portanto são apenas uns arranjos e rearranjos da estética preferida das abelhas comedoras de óleo de orquídeas. Tentando explicar talvez consiga minorar o estupor: as principais espécies do gênero - G. recurva, crispa e outras - foram consideradas, através de análise de DNA, como espécies de oncidiuns de convergência evolutiva na mesma direção de outras espécies de Gomesas. As outras espécie não citadas, continuam como Gomesas, pois não apresentam parentesco genético com os "oncidiuns parecidíssimos com gomesas". Se vc entendeu está de parabéns !

Diferentes origens genealógicas , porém com as mesma soluções morfológicas, portanto todas muito parecidas entre si, tudo orquestrado e em função da polinização baseada na atração de abelhas pelos óleos essenciais secretados por essas flores. Então Oncidium = Gomesas mais famosas e comuns, como o nome "Gomesa" é mais antigo, prevaleceu, consequentemente todo os antigos oncidiuns viraram gomesas. Pura confusão botânica, cheia de abelhas comedoras de óleos saborosos para todos os lados !


Logo, o antigo O. crispum seria então a atual Gomesa crispa
Com mais algum exame de DNA e mais abelhas 
comedoras de óleo e vão todos virar 
Cattleyas de cegos !!!!

Complicado demais e desanimador muitas vezes ! 
Não se pode confiar nos olhos e no senso !

Leia com atenção a definição
 de espécies crípticas:

Complexo de espécies crípticas é um grupo de espécies que satisfazem a definição biológica de espécie, isto é, são isoladas reprodutivamente entre si, mas são morfologicamente idênticas. Ficaram assim indistintas visualmente, devido a adaptação ao ambiente, que requereu soluções de adaptação exatamente equânimes. Logo, ficaram todos os sobreviventes provenientes de diferentes origens ancestrais, ou adaptados, ou muito parecidos, ou ainda, em raros casos, praticamente indistintos entre si. Os indivíduos das espécies dentro do complexo críptico somente podem ser separados quando se utiliza dados que não provenham da morfologia observável, como os da análise da sequência de DNA, bioacústica ou estudos aprofundados sobre o seu ciclo de vida. Elas podem ser espécies parapátricas, muito frequentemente são simpátricas  e às vezes alopátricas. 
 
Aproveitando-se desta nova porta de avaliação ecológica e biológica, certos botânicos realizam estudos especulativos e provocaram mudanças de nome radicais, destroçando a Botânica Clássica e confundindo os leigos. Apostando no forte da máxima: nada é tão ruim que não possa ficar bem pior ! Não aprecio academicamente esses bombásticos exames de DNA , estes não ajudam a explicar aceitavelmente a grande e complexa diversidade morfológica existente, apenas mais aumentam a confusão posto que nossos olhos não se importam com o DNA das plantas. Excessão até agora, nas orquídeas do Brasil, só o estudo do DNA do gênero Baptistonia - Phylogeny and evolution of Baptistonia (Orchidaceae, Oncidiinae) based on molecular analyses, morphology and floral oil evidences ( click e veja a versão em português ) by Guy R Chiron, R Patricia Oliveira, Tarciso M Santos et all- este de fato ajudou muito a separar o que os olhos não conseguiam, findando parcialmente a clássica confusão de antes no grupo do antigo O. pubes.

Acima um híbrido artificial moderno de Oncidium antigo com Gomesa antiga;
 promissora criatura. Essa visão nos alegra e anima a escrever sobre a
 confusão dessas Gomesas todas juntas.

Acima e abaixo um interessante híbrido entre Oncidium zappi x Gomesa planifolia, herdou a inflorescência adensada da planifolia e as cores do oncidium. A planta lembra um oncidium e não cresce vigorosamente como uma gomesa, mas essa linha de hibridação é muito promissora e fértil.


Apresentam um grande potencial de hibridação devido às 
plantas vegetativas serem floríferas e de fácil cultivo.

 Acima um híbridos de Gomesa  com Odontoglossum.
 
Acima uma Gomada - Ada x Gomesa.

Acima um híbrido de Gomesa recurva
 com Leochilus scriptus.

A confusão botânica existe, por serem as espécies muito variáveis e parecidas, potencializa-se o caos classificatório, somado a isto o efeito da hibridação entre espécie dessas plantas tão freqüentes na natureza, faz surgir uma grande gama de indivíduos intermediários , muitas vezes estes inclassificáveis nos desanimam no árduo processo alocá-los em alguma das sistemáticas botânicas vigentes.

Gomesa recurva é a espécie mais comum do gênero,
 são uma visão constante em Curitiba.

As determinações botânicas existentes nos sites da internet são copiadas umas das outras, são completamente erradas na maior parte das vezes, que é confuso e pouco distinto fica, ainda pior se visto nesse meio de comunicação. Escrevi esse artigo tentando dar uma visão mais cartesiana para esse grupo de espécies.


Eu tenho ainda dúvidas quanto a determinação corretíssima de G. foliosa, as demais espécies podem ser, mais ou menos, identificadas quando aparecem em formas típicas. De forma geral é preciso pesquisar em herbários, o resumo feito aqui é apenas útil e acompanhado de informação visual abundante. Não é definitivo e nem totalmente botânico, é apenas uma luz sobre as Gomesas.

Acima G. recurva com cápsulas e vários seedlings no entorno ( marcados em vermelho para melhor visualização- clique e aumente o tamanho da foto ) em um Parque de Curitiba. As espécies apresentam normalmente consideráveis populações nos locais de ocorrência.

O perfume de uma Gomesa crispa foi o início da minha paixão pelas orquídeas. Num dia frio de inverno pela manhã, antes de ir às aulas na universidade, senti uma fragância forte e agradável, oriunda de uma plantinha de flores verdes no quintal ao lado. Me interessei pela marcante criatura verde presa num vasinho plástico, nunca mais perdi o interesse. As Gomesas são simpáticas, especialmente as muito perfumadas, estas aliás são bem menos freqüentes nas matas meridionais!

Este espécime acima é, sabidamente, um híbrido artificial de G. crispa x G. recurva , tenho um exemplar desse cruzamento - fotos abaixo, ao contrário deste da foto , vegetativamente idêntico a uma G. crispa, o meu não se distingue de uma esguia G. recurva.


Parece uma G. paranaensis com flores de metade do tamanho normal, mas trata-se de um conhecido e levemente perfumado híbrido de recurva x crispa, comprado num orquidário. Uma prova cabal da origem híbrida de muitas espécies obscuras. Amplie as fotos e perceberá as diferenças, mas é muito parecida com paranaensis.


Todavia nas flores não vejo diferença, o meu exemplar é muito perfumado, herdou essa desejável característica da planta mãe. Reparando-se bem nesse híbrido, encontrar-se-á semelhanças notáveis com G. divaricata e G. foliosa; por vezes acredito em algum grau de hibridação nessas espécies mais confusas e raras.

Portanto há no gênero, um visível e variado rearranjo das mesmas características, em várias espécies fica evidente essa mistura de gens, diferentemente de Oncidium, as Gomesas não apresentam grande diversidade morfológica. Parte da dificuldade de distinção entre algumas espécies, está nessa mistura confusa das mesmas características. Nos confunde porque tendem a variar muito, porém nunca com características marcantes, sempre parecidas porém nunca são francamente iguais, talvez porque se cruzem com frequência; só pode ser essa a explicação.

Acima duas espécies vegetam no mesmo container, os dois maiores rácimos próximos e à direita mostram a diferença de porte floral. As flores menores são recurvas e as maiores são planifolias.

Como se vê é tudo muito parecido e sempre verde claro! A confusão é grande ! Pretendo aqui conseguir, ao menos, que o caro leitor consiga distinguir as três principais e mais cultivadas espécies do gênero: crispa, recurva e planifolia.



A) Aliança da Gomesa crispa :


- Pseudobulbos agregados ( juntos ), sépalas laterais ( as debaixo ) separadas (não concrescidas ).


G. crispa - RJ e MG

As sépalas laterais não são totalmente livres e sim ligeiramente concrescidas ( soldadas ) na base, as vezes mais concrescidas por má formação em algumas flores do rácimo, a flor é alongada e encrespada ( parece um palhacinho ) além de exalar forte perfume cítrico pela manhã, a haste floral é variável em tamanho conforme o vigor da planta, é semi-pendente, podendo chegar a 30 cm.



Rácimos curtos, poucas flores (média de oito) .

Folhas apicais eretas lembrando "orelhas de coelho", pseudobulbos comprimidos
 e muito próximos uns dos outros.



Floresce no fim do outono ou início do inverno, estando caracteristicamente florida nos dias claros e frios. As plantas são vegetativamente robustas e atarracadas, as folhas são mais alargadas, semelhante às folhas de G. planifolia, de tendência bem ereta parecem "orelhas de coelho" com até 20cm por 3,5cm de largura, aparecem duas ou três folhas na base dos pseudobulbos. Os pseudobulbos são muito próximos uns dos outros, forma normalmente grandes touceiras, com muita raizama aérea e folhas apenas nos primeiros psudobulbos. Ocorre também como saxícola em pedras e barrancos úmidos, parece preferir pouca circulação de ar.





Labelo muito
 característico.



Procuro adquirir uns exemplares dessa espécie mas é muito difícil, provavelmente a espécie exista apenas do RJ para o norte, pelas informações que disponho medra nas cercanias do mil metros de altitude em matas mais abertas. Aqui no sul do Brasil, o que chamam de G. crispa é na verdade paranaensis ou planifolia, tenho um híbrido de crispa x recurva e este é de fato perfumado, foi o que consegui achar à venda um tanto parecido com a verdaeira crispa. Só escuto notícias de Gomesa perfumada no RJ, acredito que seja lá o verdadeiro habitat.



Só é confundida com G. paranaensis por quem não a conhece, são muito diferentes
uma da outra e facilmente distintas.




G. paranaensis - RJ-SP-PR e SC

As sépalas laterais são totalmente livres ( não concrescidas), a flor é estrelada e com perfume cítrico bem discreto e mesmo residual.

Comprada como a desejada e perfumada G. crispa, floresceu a elegante G. paranaensis,
as flores são as maiores do gênero e muito maiores que as da G. crispa.

É muito frequentemente confundida com a anterior por também ser encrespada, aqui no Sul só temos dela e as demais citações de crispa para está região são enganos. A flor de paranaensis é o dobro ou o triplo do tamanho de uma de crispa. Apresenta plantas mais delgadas e delicadas, folhas e bulbos alongados, lembrando muito a G. recurva em porte geral, porém formando touceiras arrumadas e elegantes sem a tradicional desorganização de bulbos e raízes de recurva e planifolia.




G. paranaensis é facilmente distinta de G. crispa: planta,
inflorescências e flores são bem diferentes.


As hastes florais tem tendência semi-ereta e aparcem da primavera ao meio do verão dependendo do calor e da umidade de onde está sendo cultivada. O híbrido entre crispa x recurva fica muito parecido com paranaensis, mas claramente não é mesma coisa, não assume a forma estrelada e apresenta flores muito menores que paranaensis. Forma lindas plantas e uma das melhores espécie do gênero ! Só afirma que ambas são a mesma espécie quem não conhece a verdadeira G. crispa.




B) Aliança da Gomesa recurva :


- Pseudobulbos agregados, sépalas laterais ( as debaixo ) mais ou menos concrescidas ( soldadas ), porém nunca separadas.


G. alpina - RJ e SP



G. barkeri - PE, RJ, MG, SP, PR e SC



Espécie muito afim de G. laxiflora, ou vice versa, lá sei quem é quem sem ver o tipo original seco no herbário. É uma espécie pouco citada, obscura e ao meu ver bastante confusa, penso que talvez seja falta de informação minha. Se alguém souber mais que me comunique para completar as característica desta espécie com mais segurança aqui na postagem



G. divaricata - SP, SC e RS



Caracterizada pelos detalhes em vermelho em volta de todo o estigma, pela cor dourada de suas flores e pelos três segmentos florais superiores de mesma proporção e voltados harmonicamente para frente. As sépalas inferiores são separadas e paralelas, também apresenta evidente afinidade com as G. laxiflora - barkeri - fisheri, ou vice-versa múltiplos se assim preferirem. Devido a confusão vigente nem sei qual é parecido com qual, melhor dizer que são todas variáveis e parecidas entre si, parecendo cada uma delas formas extremas ou sub-espécies.





G. fischeri - RJ, SP, PR e SC

Caracterizada pelas sépalas laterais e labelo bem prolongados, a flor é de
 porte acima da média do grupo.




G. foliosa - RJ, MG, SP e DF

Espécie muito próxima à G. recurva, porém com inflorescências esverdeadas muito mais conspícuas, adensadas e bem dispostas.



G. laxiflora
- ES, RJ, SP, PR e SC


Difere de G. barkeri pelo labelo e sépalas laterais menos prolongados e pellas inflorescêencias de porte mais avantajado.



Não apresenta perfume no clima de Curitiba.



Essa espécie é, na minha humilde opinião, a mais bela das Gomesas, a inflorescência é amarela-lima e bastante adensada formando belo conjunto.

Faltou-lhe apenas o perfume marcante da G. crispa para ser totalmente atraente.


Trazida do litoral de SC para o cultivo em Curitiba, comprei-a como se fosse uma crispa. Já se reproduziu sozinha formando um seedling, a pequena plântula deverá florir com apenas três anos de idade.





G. planifolia - RJ, MG, SP, PR, SC, RS, Paraguay e Argentina




Inflorescências bem vísiveis, marcantes e com muitas flores por haste, segmentos florais todos proporcionalmente largos, dando uma aparência visivelmente côncava à flor.

Todos os bulbos maduros florescem ao mesmo tempo, formando-se um contraste forte entre as flores amarelentas e as plantas verdes, geralmente formam lindas touceiras em cultivo, são plantas muito fortes e resistente.


Floresce no início do calor de verão no mês de DEZ, linda e abundante floração sem qualquer traço de perfume, é a espécie mais comum nos planaltos do interior do país, onde medra nas matas mais úmidas próximas aos cursos d'água.

Robusta e atrativa, a espécie é facilmente reconhecida pela concavidade das flores.

É frequentemente confundida e chamada de G. crispa, só por não ser muito parecida com a mais normal e abundante G. recurva. Pensam assim: se não é recurva, só pode ser a crispa !




G. recurva - ES, RJ, MG, SP, PR e SC






Espécie mais comum do gênero, as inflorescências pouco adensadas, deixam a desejar, é de aspecto geral pouco atrativo, sépalas bem paralelas e concrescidas, flores amareladas e espalmadas parecendo "homenzinhos", detalhe em vermelho apenas na base do estigma. Floresce a partir dos meados do verão, de novembro até fevereiro, dependendo da altitude e da latitude da sua imensa área de dispersão.

G. recurva enraíza muito fracamente no substrato, ficando só encostada e cheia de raízes aéreas. No habitat é encontrada não fixada, às vezes despenca junto com o galho, ficando depositada, dependurada ou mesmo solta entre onde nasceu e o chão. Aparece também em barrancos úmidos e sobre pedras sombreadas As flores são poucas , sem perfume e sem graça, formam muitos frutos com facilidade, sendo ainda muito abundantes por aqui no PR, sempre em altitudes maiores que 800 m. Vegeta mais comumente na meia altura de árvores de calibre regular, gosta de cascas vivas não sendo comum em árvores com cascas grossas.


G. sessilis - ES, RJ e MG.






C) Aliança da Gomesa glaziovii:


- Pseudobulbos bem distanciados entre si - plantas escandentes ou trepadeiras.

As duas espécies dessa aliança, são diferenciadas facilmente pelo grau de concrescimento das sépalas laterais. Cada uma das espécie, correlaciona-se a um grupo das alianças acima relacionadas, porém marcadamente com os pseudobulbos distanciados entre si. Sinal claro de multi-hibridações passadas.



G. glaziovii - ES, RJ, SP, PR e SC

Sépalas laterais pouco concrescidas e pseudobulbos bem espaçados entre si - planta com aspecto de trepadeira. Flores semelhantes às da G. crispa, porém menores, mais delicadas e com leve perfume cítrico.



Devido aos longos rizomas , suas sequências de pseudobulbos podem antingir mais de dois metros, ramificam-se criando tramas, geralmente começa do nível do solo sua vigorosa ascenção. Os psudobulbos são um tanto traslúcidos e ovais, ostentam uma única folha apical e três folhas menores basais. São dessas folhas basais que surgem algumas raízes aéreas. Floresce em janeiro, hastes de 10 cm com até 15 flores. Surge em altitudes de mais de 1.200m, formam grandes colônias que não se mostram totalmente adpresas aos suportes, são facilmente removíveis quando coletadas.







G . duseniana - PR, SC e RS
Sépalas laterais bem concrescidas com pseudobulbos distanciados entre si.




Conclusão:

Quem intensificou a confusão das múltiplas espécies de Gomesas, as quais muito poucos conseguem classificar com segurança, foram os botânicos Klotzsche e Heinrich Reichenbach. Ao revisarem o gênero na segunda metade do Séc. XIX, mantiveram algumas espécies por não saber de fato como se configurava o quadro natural. Populações restritas, intermediárias ou híbridas, geraram grande confusão, ao ponto de alguns desejarem simplificar o quadro natural para um máximo de apenas seis espécies válidas.







As espécies descritas por Hook. e Regel - barkeri e foliosa mais a ficheri - são as mais obscuras. Ao contrário, as descritas por Lindley e Barbosa Rodrigues são as mais facilmente distintas. Se vc conseguir distinguir crispa de paranaensis, e recurva de laxiflora, divaricata e planifolia, já terá ido longe o suficiente. Terei então atingido a meta que tinha em mente ao começar a escrever o artigo !



Fiz o possível , mas é realmente confuso !







5 comentários:

  1. A classificação das gomesas é bem confusa e não tem muita coisa na net. Sou uma admiradora de orquídeas, tenho algumas gomesas e tenho muitas dificuldades quando pesquiso sobre elas. Seu artigo é bom e legal e me ajudou a entender melhor esse balaio de gato das gomesas!PARABÉNS!

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  2. para mim as florsinhas das gomesas parecem uns anjinhos. adoro o seu blog parabens esta me ajudando bastante no cultivo de orquideas leda

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  3. Parabéns !!! Muito bom o trabalho sobre as Gomesas. Um blog espetacular !!!

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  4. Tenho uma Gomesa e na intenção de identificá-la, vim aqui buscar informação... Não consegui chegar a nenhuma conclusão, pois a minha Gomesa parece um híbrido...

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  5. Amei seu trabalho, realmente existe uma diferença entre as Gomesas, mas você notou partes nas plantas que eu não havia notado. Vou pesquisar melhor e depois trocaremos figurinhas a esse respeito. Preciso rever melhor o tipo de agente polinizador (além de orquidofila tambem sou meliponicultora),parabéns pelo seu belo trabalho.

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